segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Educação em pauta


"A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho." Art. 205, Constituição 88

O capitalismo tem gerado muitas mazelas em diversas áreas, sendo o foco desse blog a educação, nada melhor que discorrer sobre as influências desse sistema no âmbito educacional, a fim de compreender como se desenvolve o trabalho pedagógico nessas instâncias. Apropriando-se das contribuições de Marx para entendermos o Capitalismo de forma ampla, percebemos o quanto que este sistema econômico influencia na educação de forma impetuosa e determinante para os menos favorecidos, que sofrem a influência de um ensino de cunho positivista, atribuindo a essas pessoas a condição de empregados e não empregador, algo exclusivo para a classe dominante, estabelecendo essa relação de exclusão/subordinação.

Como afirma Paulo Freire (1996, p. 99), “do ponto de vista dos interesses dominantes, não há dúvida de que a educação deve ser uma prática imobilizadora e ocultadora de verdades.”
Para romper com esse paradigma, Paulo Freire concebe a idéia de uma educação de conscientização, uma educação emancipatória, progressista, libertadora. conscientizando seus educandos a respeito da condição de que eram oprimidos por um grupo mais favorecido sócio-economicamente, incitando a transformação dessa triste realidade excludente.

8 comentários:

  1. Fazendo uma reflexão sobre a educação, podemos observar que desde o seu início até os dias atuais, ela nunca foi planejada para atender a todas as camadas da sociedade de forma igualitária.

    Construída em prol da elite dirigente do país, sempre excluiu mulheres, crianças, pobres, índios, negros, escravos e todos aqueles que não dispunham de dinheiro para financiá-la.

    Apesar de terem ocorridas algumas reformas educacionais e curriculares e se criado leis que visavam o aprimoramento da sua estrutura e surgido pessoas abraçaram a causa da educação na tentativa de fazer um Brasil melhor e menos desigual, a educação no Brasil ainda é como o sistema quer que ela seja e por isso é tão difícil modificá-la.
    E quando Freire (1996, p. 99), dizia que: “do ponto de vista dos interesses dominantes, não há dúvida de que a educação deve ser uma prática imobilizadora e ocultadora de verdades", com certeza ele sabia muito bem o que estava falando.

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  2. Vamos pensar um pouco .Apesar de todos os entraves que a escola pública enfrenta por sua natureza e função, a unidade escolar possui espaço de autonomia que lhe permite, frente a todas as adversidades, construir práticas que favoreçam e contribuam, dentro de limitações que precisam ser diariamente combatidas, com a construção de processos de ensino que ofereçam efetiva formação básica a todas as nossas crianças e jovens.Assim, a escola, através da organização do trabalho pedagógico, com base em filosofia democrática e participativa, pode se constituir numa instituição fundamental para o desenvolvimento de processos de democratização do ensino no país, cumprindo, portanto sua função social.

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  3. Afirmo que este enrijecimento do sistema educacional são sequelas de longas datas, e por mais que a docência, juntamente com alguns movimentos sociais venham conseguindo despertar numa boa parte da população o interesse pela prática da pedagogia libertadora,este ato ainda não ganhou força suficiente(ou não acredita possuir),para confrontar os interresses do modelo capitalista.Visto que é aflitante sair da zona de conforto. Já dizia Geraldo Vandré "quem sabe faz a hora, não espera acontecer!".

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  4. A educação é importante para desenvolvimento da nação.Coma a aprovação da LDB em 1996 trouxe uma grande avanço no sistema educacional de nosso pais.O trabalho pedagogico tornar a escola um espaço de participação social.

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  5. Olá Eliúdes!
    Conforme Paulo Freire: "A educação liberta o homem". Sendo assim, se esta não se estende à todos de forma igualitária, significa que ainda existem pessoas que não querem essa "libertação", pois só assim, garantirão a mão-de-obra barata.

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  6. Oi Liu não posso me delongar para não parecer redundante, afinal estamos na mesma equipe e os temas se casam porém, é a educação sim a chave para romper as barreiras da desigualdade, em todos os níveis.Quando digo isso, por favor não pensem que acho o fato de irmos à escola, cursar-mos uma academia já nos faz tocar o céu, juntar-mos riqueza material, não é isso.
    O que creio é na possibilidade de através da educação e conhecimento adiquiridos, mudar-mos o rumo de nossas vidas, a partir de: questionamentos sólidos,reflexão sobre atitudes nossas para com outros e dos outros para com a gente. E isso se adiquire em várias outras experiências, pois, educação para libertação e cidadãnia não se aprende unicamente na escola.

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  7. Isso Haidêe, é o que estamos fazendo quando lemos e postamos nos blogs ( nossos e dos colegas), pois cada assunto abordado tem me feito fazer questionamentos, refletir sobre as atitudes que preciso tomar no meu processo formativo, atitudes que irão mudar minha vida e dos meus pares.
    E como já foi citado inúmeras vezes “A Educação liberta”

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  8. A educação deve ser muito mais que um processo de treinamento ou preparação para provas. Deve superar a concepção “bancária” de educação em que o educador sabe, pensa, educa e os educandos escutam, não sabem, apenas copiam, reproduzem. A educação deve ser um processo de reflexão para promover a ação transformadora e transpor a relação de exclusão/subordinação.

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